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Estiagem provoca perdas de R$ 90 milhões em Santa Maria

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Foto: Guilherme Borges (Diário)

A falta de chuva tem castigado a produção de grãos em Santa Maria. Além dos danos mais aparentes no milho e soja, a falta de chuva e o calor excessivo também impactam na pecuária de corte e de leite, hortifrutigranjeiros e arroz. O levantamento mais recente da Emater, feito na segunda-feira, aponta que as perdas médias na safra de milho chegam a 35%, enquanto na soja a quebra média é de 37%. O prejuízo no setor agrícola, somada safra de grãos e bovinocultura, é de R$ 90,8 milhões.

Municípios que decretaram situação de emergência na Região Central:

  • Agudo
  • São Gabriel
  • Nova Palma
  • Faxinal do Soturno
  • Pinhal Grande
  • Santa Maria
  • Jari
  • São Martinho da Serra
  • Paraíso do Sul
  • Restinga Sêca
  • Santa Margarida do Sul
  • Júlio de Castilhos
  • São Pedro do Sul
  • Toropi
  • Tupanciretã
  • Formigueiro
  • Quevedos
  • Mata
  • Santana da Boa Vista
  • São Francisco de Assis
  • Cruz Alta
  • Jaguari
  • Nova Esperança do Sul
  • Lavras do Sul
  • Rosário do Sul
  • Santana da Boa Vista
  • São Sepé
  • Caçapava do Sul
  • Cacequi
  • Ivorá

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- Nossa maior preocupação, agora, é com a soja. Cada dia sem chuva representa um aumento nas perdas. E, como não há perspectiva para que volte a chover, a situação deve piorar bastante. O prejuízo já registrado é irreversível - diz o chefe do escritório municipal da Emater, Guilherme Godoy dos Santos.

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A estimativa inicial era uma colheita média de 55,75 sacas por hectare no município. Agora, é de 35 sacas. No Estado, a Emater estima que esta seja a menor safra de grãos desde 2017.

- A essa altura da safra, era esperado um maior desenvolvimento vegetativo. Deveria estar com uma carga maior de vagens. Com a seca, a planta produziu a flor, mas as flores não foram fecundadas. Então, a planta não produz o grão. E os grãos que existem são pequenos e frágeis - destaca o chefe da Emater.

Amanhã, entidades ligadas ao campo farão uma reunião com agricultores, às 9h, no salão da igreja de Santa Flora. Serão apresentadas alternativas a partir do decreto de emergência, como acesso ao seguro agrícola e possibilidade de construção de açudes para irrigação. 

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Foto: Renan Mattos (Diário)
Rio Vacacaí abaixo do nível normal 

28 CIDADES EM EMERGÊNCIA
Na Região Central, 28 municípios assinaram o decreto de situação de emergência por causa da estiagem. No Estado, de acordo com o último boletim da Defesa Civil, são 136 municípios afetados pela seca. 

Quarta é o último dia para realizar biometria em quatro cidades da região

Em Santiago, conforme avaliação feita de técnicos da Emater, as perdas chegam a quase R$ 150 milhões.

- É o equivalente ao orçamento do município durante um ano inteiro. É terrível para os nossos produtores e para a nossa economia - revela o prefeito Tiago Gorski Lacerda (Progressistas).

As maiores perdas são no milho, com prejuízo de 60% da área plantada, o que equivale a R$ 5,4 milhões, soja (perda de 50% e prejuízo de R$ 102 milhões), bovinos (quebra de 15% e R$ 36 milhões) e hortifruti (perdas de 20% e prejuízo de R$ 200 mil).

Em Ivorá, açudes e rios já estão abaixo do nível normal. A prefeitura leva água em caminhões-pipa para localidades do interior. Das 17 cascatas do município, várias já estão com pouca água. Conforme a Emater, a perda na soja já chega a 60,5%, no milho a 80%, no feijão a 50% e, no fumo, a 40%, totalizando prejuízo de R$ 17 milhões.

Dos municípios da região, 14 conseguiram o reconhecimento da situação pelo Estadual e seis pela União.

*Colaborou Janaína Wille

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